Incrível como ontem na festa estava tão feliz a ponto de fazer para você uma linda poesia mental que pretendia publicar aqui hoje, e como que num passe de mágica você põe tudo a perder no final. E olha que eu era aquela que estava com cólicas e dedo machucado, mas mesmo assim fazendo de tudo para a noite ser o mais perfeita possível. Só queria me divertir e dormir com aquela sensação boa de felicidade... Pirei né?! Com sua rabugice e teimosia isso tem se tornado atualmente coisa rara em dia de festa...
Sabe de uma coisa?! Você me maltrata!!! Claro que sem perceber e querer, mas sim você me maltrata muito...
Dentre outras, maltratar é: "v.t. Tratar com brutalidade ou grosseria uma pessoa, por atos ou palavras." E percebendo agora você está ficando diplomado nisso. Só me pergunto hoje se mereço e até quando tolerarei? Provavelmente não muito, pois agora que me dei conta disso não permitirei mais nenhum maltrato seu. E o que antes era feito com minha permissão vai deixar de ser.
Viver com você é como andar de montanha russa diariamente e sei que a recíproca também é verdadeira, mas acredito que não te maltrato não. Você tem essa gigante capacidade de me fazer coisas maravilhosas na mesma medida que tem de me fazer coisas bem escrotas. Fiz uma lista mental de maus tratos que já sofri em minha vida e não fiquei nadíssima satisfeita com a parcela que cabe a você. Algumas pessoas eu não podia escolher porque me foram dadas...
Já passei por tanta coisa que nem quero muito falar disso, mas só para citar as mais doloridas (e hoje resolvidas) foi por causa de mãe e pai. Como já sabe, não tive muito amor afetuoso de mãe e não por não existir, sempre existiu, mas não o tive por limitações dela mesmo em demonstrar afeto - isso antes de me tornar adulta porque depois ela se transformou após minha própria mudança na forma de tratá-la e que só aprendi com amadurecimento e muita terapia. Então hoje somos amissíssimas e vivemos nos babando ao máximo. Ressalto que minha mãe era boa mesmo de amor material (chamo de amor material aquele que te sustenta, te cuida, te estimula, te cobra e te apoia), pois era a forma dela demonstrar seu amor por nós - cuidando de nós e ponto. Já amor de pai esse foi raridade mesmo, não houve muito amor afetuoso e muito menos o amor material e quando não há nenhum destes "dois amores" é porque ele não existe mesmo. E se não bastasse toda esta falta de amor, meu pai ainda nos maltratou muito e por causa dele passei por cada coisa que nunca mais aceitarei passar. Hoje é distância total mesmo dele e sem culpa nenhuma.
A conclusão disso tudo é muito óbvia: família a gente não pode escolher, nascemos nela e pronto, mas todo o resto Deus permitiu que escolhêssemos: amigos, companheiro, novos familiares, formas de criar nossos próprios filhos, etc... Então! Já sabe que sua batata está assando, né?!
[Chorei muito pelo que fez sim, só que mais ainda por permitir ser maltratada por você e perceber isto doeu muito. Chorei também ao escrever aqui e não por autopiedade, mas por insatisfação comigo mesma - E ISTO POSSO MUDAR!]
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