quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lições de Vida! Por que não?!

Ainda sobre aquele tema: O que fazer, pelo que lutar, como contribuir?...


A Globo com todos os seus defeitos acertou ao exibir o programa jornalístico “Brasileiros”, que mostra depoimentos e histórias de pessoas espalhadas pelo Brasil e que nos ensinam uma lição de vida.


Link: Programa Brasileiros (site oficial)


Vou postar os vídeos que mais gostei (/chorei..rs), mas aconselho que entre no link acima para ver o restante, todos são ótimos.










Então há muito o que fazer. Basta criatividade. Viu quanta criatividade dos Brasileiros nos vídeos?  Basta querer... Às vezes não é tão fácil. Aliás nunca é tão fácil, mas o resultado super vale à pena!!
Confesso que eu chorei muito em alguns vídeos queria muito fazer algo bom assim... E ainda vou fazer, quero ser gente que faz (e não que fala...rs)..


Nós temos que  parar é de ter pena de nós mesmos:
"Ai sou tão frágil e sensível, nada posso fazer";
"tenho que cuidar de mim, nada posso fazer...";
"ai sou tão requerido e sem tempo, nada posso fazer...";
"ai tenho que sustentar minha família, nada posso fazer...";
"sou doente";
"sou incapaz";
"sou um merda";
"ninguém me ajuda";
"odeio o mundo";
"dane-se o resto, quero ser rico";
"que se foda!"...  


E aí qual a sua desculpa? A minha é a primeira, a segunda e às vezes a última... Aff!
Sou sensível sim, mas frágil/fraca porra nenhuma!..rs... Rompendo com essa sombra que me persegue - "opressão externa".  Às vezes não é tão fácil. Aliás nunca é tão fácil, mas se fosse não teria razão...


Mas os vídeos não são lindos?! Vai me dizer que depois deles a vida não é linda?! Tá vendo porque amo a vida?! Sim sou feliz e quero ser "Brasileira"...rs


Aqui também achei mais gente que faz, mais brasileiros, olha lá:
Sonho 100 Dimensão (bl. 1, 2 e 3)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Essa tal felicidade II ...

Sim acho que vou mais uma vez me contradizer ou não neste post.
Sabe acho que nada é tão dual assim quanto ficou parecendo no meu post anterior... Não, não... Há inúmeras possibilidades. Mas de forma geral acredito que há inúmeras possibilidades dentro de algumas opções maiores que podemos tomar. Como por exemplo posso escolher em tentar fazer algo para mudar/diminuir as desigualdades, injustiças ou problemas sociais ou posso escolher não fazer nada ou tentar; como posso também não escolher ou nem perceber que não escolhi...  Sim tá confuso....rs

Bom não necessariamente a pessoa precisa fazer algo grandioso como os exemplos que dei do Che ou Paulo Freire, mas faz o que pode pela vida sabe?! Recicle, adote uma criança, plante algumas árvores, distribua amor, faça contribuições para instituições sérias, trabalho voluntário, faça pequenas revoluções em você mesmo, rompa seus preconceitos, lute pelo que acredita (desde que isso não provoque mal a ninguém e muito pelo contrário)...  Ou então "só" não polua, não discrimine, julgue o próximo, não semeie ódio, não destrua os sonhos de ninguém, não humilhe, não maltrate, não abuse, não roube, não desagregue, não inveje, não compre o que não precisa, não desperdice, não queria só você "se dar bem", não explore, não vote em gente ruim (sim isto é complicado!..rs), não jogue um animal na rua, não fique calado ao ver uma maldade ou injustiça sendo cometida na sua frente, não deixe de denunciar, apoie as boas intenções de alguém.... Sim tudo vale, mas talvez o que vale mesmo acho que primeiro é ser feliz... Sim voltando à essa tal felicidade... 

Estou falando nisto porque acho que pessoas felizes se não fazem algo de aparentemente muito grandioso para o mundo, pelo  menos mal não fazem, pois acredito que pessoas felizes de verdade fazem tudo isso que citei acima... Não sentem ódio, não invejam os outros, não roubam ou não cometem corrupção porque estão felizes com o que têm e se falta algo sabem que podem buscar de algum jeito (elas acreditam nelas!), não maltratam, não exploram ninguém, amam as pessoas e os seres, amam e cuidam dos seus filhos, ensinam bons valores aos filhos, não criam pessoas problemáticas... Pessoas felizes estão contentes com o que são, gostam do seu trabalho ou lutam para conseguir um que gostem, são realizadas e também querem ver os outros realizados...  Enfim, pessoas felizes de verdade são assim naturalmente saudáveis para si e para o mundo, pois aceitam a inconstância da vida, aceitam que a felicidade ideal não existe, aceitam os defeitos que têm, aceitam que amores, filhos e vida perfeita não existem, mas sabem amar tudo e todos do jeitinho que são. Também sabem que não existem empregos perfeitos, profissões perfeitas, pessoas perfeitas, sabem que importa menos o que se tem ou parece, mas o que se é...

E sim, sei MESMO que ser 'feliz de verdade' não é fácil.... Aí entra a psicologia... É preciso entrar muito dentro de si e se conhecer, se esmiuçar por completo para poder ter chances de ser feliz... Acredito do fundo da alma que quem não se conhece, não domina seus sentimentos, foge de si ou cria fugas diversas para tantos sentimentos e atos, dificilmente será feliz... É preciso entender ou ao menos aceitar nossas limitações, é preciso romper paradigmas e opressões  externas adquiridas.  Um exemplo mais simples disso que posso dar é: uma pessoa insatisfeita com o corpo e fica triste quando lembra que não tem aquele "corpo perfeitinho" que gostaria de ter e isso desencadeia angústia e ansiedade e a pessoa cria suas fugas que podem ser diversas, desde comer mais para encobrir esse sentimento ou a passar horas sonhando acordada com um mundo perfeito (oi! estou me identificando aí?!), mas em fim, essa opressão de ter corpo perfeito vem de fora e é preciso muita vontade ou maturidade, sei lá para romper com estas cobranças e manias que criamos em cima disso. E isso é só um mero detalhe, diariamente sofremos milhares de bombardeios de idéias perfeitas, ou coisas perfeitas que devemos ter, sentir, etc... E para se libertar de tudo isso é complicado, mas só aquelas pessoas que buscam se auto-conhecer sempre, buscam superar seus limites, romper paradigmas e mudar estereótipos conseguem e sim leva tempo, mas é fundamental...
Tudo bem que você pode me dizer que uma pessoa simples, humilde pode ser feliz sem auto se conhecer tanto... Mas com certeza essa mesma pessoa tem uma sabedoria infinitamente superior à nossa! Sabedoria não tem haver com escolaridade, terapia ou condição social... Tem haver com experiências e reflexões. Já vi muito senhorzinhos e senhorinhas lindos que cresceram na roça sem nenhuma escolaridade com uma sabedoria e felicidade invejável (e livres de mais apesar da pobreza)... E de uma vez por todas, felicidade não é sinônimo de não sofrimento! Sofrimento faz parte da vida, do crescimento e tal... Talvez o grande problema dos dias de hoje é o fato de que as pessoas querem evitar o sofrimento a tudo custo como se ele fosse um monstro. As pessoas querem se anestesiar literalmente e figurativamente.... Mas isso já é assunto para outro post.... 

Essa tal felicidade...

  Outro dia estava conversando sobre a felicidade e apareceu uma pergunta importante: "É possível alguém ser feliz diante da tamanha desigualdade social que vivemos?"
Hoje em dia eu diria que sim!  Mas preciso fazer uma consideração lógica a de que felicidade não é algo estático e permanente, ninguém é 100% feliz isso impossibilitaria o sentido da vida, daria lugar ao tédio. A busca humana é inerente à nossa condição de ser.

Voltando ao assunto da possibilidade de ser feliz sim, posso dar como exemplo o Che Guevara que profundamente humano era tocado por grande "insatisfação" (não é o termo correto, acho melhor talvez inconformado) com a realidade social, suas desigualdades e injustiças, mas nem por isso era infeliz. O que movia sua felicidade era o sentimento de amor pela vida, pelos homens, ele em vários textos fez referência à essa capacidade humana de superação, de união e companheirismo... Ele percebia essa coisa linda que era a vida, os homens e não se deixava "perder a ternura" diante das coisas horríveis, pois em contrapartida ia encontrando muita beleza pelo caminho como a amizade, a solidariedade, a união, o desprendimento, ou seja, ele tanto viu como sentiu o amor na sua forma mais genuína e desinteressada.
Em fim, há que se por na balança o que há de bom e o que há de ruim na vida e na sociedade.  Claro que as injustiças sociais diárias que vimos nos jornais nos revoltam, mas não podemos deixar que isso nos destrua por dentro, nos infectem com ódio ou rancor, ou mesmo com o sentimento de impotência ou depressão. Precisamos parar para observar as coisas boas que existem na vida, e abrir os olhos às SOLUÇÕES encontradas por aí, alternativas ou não.  Olhar para as pessoas que FAZEM e não para as que reclamam...


Na mesma medida que existem pessoas ruins e quebradas, existem pessoas boas, batalhadoras e saudáveis. E também existem as pessoas apáticas que não são más, mas também nada fazem como eu e seguem a vida tentando se convencerem que nada podem fazer. Sim, por vezes deixo o sentimento de impotência e dor me dominar diante das injustiças que vejo, mas infelizmente vou seguindo tentando fazer o possível para não enxergar estas misérias ou esquecer - e esse é meu mecanismo de auto-defesa para não enlouquecer ou cair de novo em depressão, mas no fundo sinto que algo deveria ser feito...  
De forma geral  faço o que a Clarisse Lispector tanto aborda em seus livros sobre as pessoas fugirem constantemente da realidade e inventarem seus mundinhos próprios para não enxergarem além, porque a realidade machuca muito, dói. Geralmente a fuga da realidade é tanta que uma personagem sua precisou comer uma barata para não voltar novamente para seu mundinho, para não perder o seu "momento de realidade" (termo de Clarisse), mas sim permanecer na realidade. Pelo menos esta é minha interpretação do que houve, mas há divergências, acho que preciso ler novamente "A Paixão Segundo GH".
Agora cabe a nós saber se queremos comer a barata e até mesmo tomar a pílula para sair da Matrix (in)perfeitinha. Ou vamos retornar sempre ao nosso mundinho seguro e viver nossa vidinha mais ou menos - lembrando que a Matrix não pode ser perfeita, ou seja, nosso mundinho nunca é perfeito, mas é melhor que a realidade nua e cruel, não é mesmo?!
Estou aqui falando isso tudo para eu mesma! Estou num momento feliz comigo mesma sim, mas me questionando se não deveria fazer  algo contra as injustiças e desigualdades sociais que tanto condeno e sei que são causadoras dos grandes males que vemos hoje.
Sabe, ficar na Matrix significa ser passional e ir vivendo minha vidinha tentando ser feliz e ao mesmo tempo sendo "sugado" para alimentar o sistema e tudo continuar como está (nada muda!).  É quase uma troca,  a gente ganha  ilusões de possível felicidade e ao mesmo tempo alimenta o sistema.  Sair da Matrix significa ter que ralar p/ caralho, ter que viver a vida real com dores reais, significa ter que agir, pois não dará mais para ficar só reclamando. Significa correr riscos, mas para um bem maior, a liberdade! Sair significa se tornar ativo, autor da história e fundamental para a luta contra a opressão, sair significa lutar contra a opressão (nossa resgatei Paulo Freire...rs, mas é completamente cabível). Paulo Freire fala que a tomada de consciência é uma ruptura com a passividade, com as visões limitadas onde perceber a opressão é inevitável  e é o momento onde a pessoa passa a se sentir sujeito e então meio que, ao ir se inserindo como sujeito da história, ele vai lutando contra a opressão consequentemente... 
Aahhh, Paulo Freire também era um homem muito feliz, cheio de vida, que procurou viver intensamente ao seu modo, profundamente humano e admirador dos homens/vida e também foi "gente que fez"...rs   Ele não só saiu da Matrix como ajudou muita gente a sair e também se tornou um exemplo como Che Guevara, cada um ao seu modo...

Algumas Frases do Che:
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
"O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental."
"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar." (cometer erros, né?!)
Mais duas clássicas:
"Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura."
"O verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quanto a mim mesma, sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim....
 Clarice Lispector

Frases no celular

Só postando uma frase que gravei outro dia no meu celular (sim não sou nadinha normal!).

As vezes me sinto tão excluída, um peixe fora d'água. Que chegou por último, que caiu de paraquedas... Tenho sentimentos honestos que são desacreditados. Enfim, nada posso fazer além de lamentar. Quem perde a beleza e os frutos desse sentimento são eles. Quanto a isso nada posso fazer... Quanto a mim: posso pouco me fuder...rs...

Tempo de perguntar.....

Com uma ferida aberta no peito e uma esperança na alma.  Esperança que tudo dê certo, que no fim todos fiquem bem, que o incompreendido seja um dia entendido, que a dor se torne aprendizado, que o melhor ainda esteja por vir. Sempre e para todos!...

Por que sentimos insatisfação? Por que queremos tudo perfeito? Queremos uma vida perfeita, um trabalho perfeito, uma casa perfeita, um parceiro perfeito, filhos perfeitos? Droga! Isso não existeeeeeeee!  É tudo mentira. Intriga da oposição! Bem temos que aceitar que perfeito é ser imperfeito por natureza... Tipo assim: Quando alguém diz "meu marido é perfeito" ou essa pessoa está louca de paixão (e cega!) ou ela simplesmente é madura o suficiente para entender que ele é com todas as suas qualidades e defeitos perfeito para ela que também é imperfeita. Mas por que cargas d'água é tão difícil alcançar tal maturidade e seguimos tentando mudar o outro??? Aff!

O que move uma paixão?  (aii como isso mexe comigo!)  Sim o que nos faz querer entrar de cabeça, correr o risco e pular sem paraquedas? O que nos faz sentir saudades de um sorriso, de um cheiro, de um certo furinho no queixo, do som da voz e até daquela mania besta que tem a pessoa por quem nos apaixonamos? E será que realmente existe diferença entre amor e paixão? Quando uma paixão vira amor? E por que uma pessoa de qualquer idade parece um adolescente quando se apaixona?  Por que ficamos imaginando por tanto tempo um encontro com a pessoa desejada? Por que perdemos tanto tempo idealizando as coisas? Será frustração, insatisfação ou muito filme hollywoodiano nas veias???? Ai ai ai quantas perguntas sem respostas... "E agora, quem poderá me ajudar?!"...rs

Continua...

(post sem fim.. muitas perguntas ainda na cabeça mas o sono não me deixa mais digitar)

sábado, 20 de novembro de 2010

Ahhh os filmes... Como me fazem viajar...

Então, hoje finalmente assisti Vicky Cristina Barcelona do Wood Allen e como eu gostei viu?!  Claro que por motivos muito pessoais (e quando não é?!).  Identifiquei-me de cara com a Cristina - penso que faria tudo igualzinho a ela tanto nas qualidades como nos defeitos. Mas infelizmente também notei que atualmente tenho me sentido um pouco Vicky e um pouco da louca Maria Elena, o que exige de mim algumas mudanças neste sentido.... Enfim só assistindo para entender, mas com a mente livre de preconceitos e cheia de auto-crítica (aquela que sempre é saudável).

Observação 1: Quero ir para Barcelona ontem!!! Aloow! Nossa é mais linda do que podia imaginar!
Observação 2 - nada importante e totalmente mulherzinha: a Cristina intensificou meu desejo de platinar minhas madeixas.. Aiaiai, pirei!.. Pena não ter aqueles olhos verdes que mudam de cor...rs

sábado, 13 de novembro de 2010



Ando nessa fase de descoberta comigo mesma. 
Curtindo essa nova fase da vida. 
De melhoras. 
De boas companhias. 
Inclusive a minha. 
Jogando fora os velhos papéis. 
Dando mais tempo pros pensamentos bons. 
Dando mais importância 
pra quem me quer bem e feliz. 
Reciclando. 
Amadurecendo. 
Acreditando. 
Transformando. 
Casando comigo mesma 
um relacionamento que dure para sempre.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Imagens - mulheres alternativas e lindas




























"Se eu soubesse antes o que sei agora,
erraria tudo exatamente igual"




Sou egoísta, impaciente e

... um pouco insegura. cometo erros, sou um pouco fora do controle e às vezes difícil de lidar, mas se você não sabe lidar com o meu pior, então com certeza, você não merece o meu melhor!

Marilyn Monroe







% Hoje acordei meio Marilyn.....

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O direito ao Foda-se (por Millôr Fernandes ou Pedro Ivo Resende*)

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "Pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não''! E tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade ''Não, absolutamente não!'' O substituem. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um "é PhD porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porranenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e, mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do ''foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.". Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!".

O direito ao ''foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e FODA-SE.


* Este texto é atribuido a Millôr Fernandes por várias fontes informais mas não sabemos nem onde, nem quando foi publicado. Recebemos recentemente um email contendo a seguinte informação:
> Fala galera!
 > Beleza? Seguinte, minha amiga me passou o site de vocês e achei a idéia maneiríssima... estou pertinho de imprimir o adesivo pra tecla F do meu teclado.
> Agora, só um lance: o autor do "O Direito Ao Foda-Se" não é o Millôr Fernandes. Nem ele, nem o Arnaldo Jabor, nem o Veríssimo (porque já recebi esse mesmo texto creditado a eles)... e sim um cara daqui do Rio chamado Pedro Ivo Resende, que tinha uma coluna chamada "Loser" -- > publicada no finado E-Fanzine e no Cucaracha Zine -- e esse texto fazia parte dos contos dele, que são muito divertidos, diga-se de passagem :);

> Se puderem mudar lá, beleza. Senão, FODA-SE também! hehe :);
> abraços!

Fonte: http://www.bambuzau.com.br/teste/informe_04.htm

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sem noção, ainda

Frases delirantes escritas na madrugada, algumas com sentido outras nem tanto, sei lá:


"não me permito mais perder tempo, todo o tempo que eu tinha para perder eu já perdi... quem quiser que me siga!"  (by fernanda - frase pontapé inicial)


"Às vezes é preciso ter um pouco de cara de pau p/ amadurecer..."


"Não tenho mais vergonha mesmo em dizer o quanto gosto das pessoas que realmente gosto..."

"Não tenho mais tempo a perder..."

"aprendi a ser feliz de teimosa!"

"hoje já tenho preguiça de sofrer..."

"Não perco mais tempo procurando entender as pessoas, não dá! Tentar me entender é que traz crescimento- já me toma, além de, mais lucrativo.."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo...


caio fernando abreu